domingo, 14 de dezembro de 2014

Rio Cheonggyecheon em Seul, Coreia do Sul

Atravessando a grande capital, encontramos um rio de águas límpidas e correntes, despoluídas; onde a população pode passear e se encantar. Sem preocupações. Exemplo que o mundo contemporâneo pode pensar e seguir. Veja passo a passo essa maravilha nas fotos que mostram trechos bem diferentes.























domingo, 7 de setembro de 2014

JORDI SAVALL, MÚSICA BARROCA - FOLIAS DE ESPANHA

O ouvir e contemplar músicas regionais, clássicas e antigas entremeadas de história é mais do que simplesmente um bom gosto estético, é fazer uma investigação espiritual da nossa própria genealogia. Independentemente das diferenças de origem dos compositores de tais músicas, muitas vezes anônimos, sejam eles judeus, mouriscos ou cristãos, espanhóis ou portugueses, italianos ou gregos, alemães ou franceses; o homem da atual revolução das órbitas celestes, homem que perde cada vez mais sua identidade e sentido no mundo, pode encontrar nas contemplações musicais a genealogia comum que faz dele o homem que possui uma verdadeira alma, pode encontrar uma genealogia como os judeus a encontram lendo o Livro das Crônicas.

O homem ocidental, em sua cultura, é cristão, grego, romano, mas também judeu e árabe. E buscando as delicadezas intuitivas das belas artes cultivada, pode-se achá-lo até mesmo oriental-asiático. Deixemos, assim, de lado os termos ocidental e oriental, pois, quanto mais sentimos os traços herdados de cada cultura, caminhamos para as origens. Sentimos, reconhecemos tecnicamente as raízes, traçando nossa genealogia de alma humana com a arte musical até chegarmos ao casal original, adquirindo então fundamento que nos retrate e nos confidencie quem somos.
Autor: Marcelo Luiz Pereira Neto

domingo, 3 de agosto de 2014

SANTO AGOSTINHO DE HIPONA, FILME RECENTE SOBRE SUA VIDA

Um filme muito bom, mostrou o essencial sobre a vida e conversão de Santo Agostinho. Nos estimula a conhecer mais de sua biografia e imensa obra. 

sexta-feira, 11 de julho de 2014

PENSAMENTO DE C.S.LEWIS PARA MEDITAR

C.S.Lewis foi um escritor inglês, autor de As Crônicas de Nárnia, amigo de J. R. R. Tolkien. C.S.Lewis se converteu do ateísmo para o cristianismo e se tornou anglicano. Seu amigo Tolkien é conhecido por sua trilogia O Senhor dos Anéis, ele e a sra. Tolkien eram católicos devotos.
Segue abaixo um emblemático pensamento de C.S.Lewis para meditar.

"Para manter esta seção curta o suficiente para ir ao ar, só mencionei os pontos de vista materialis­ta e religioso. Para completar o quadro, tenho de men­cionar o ponto de vista intermediário entre os dois, a chamada filosofia da Força Vital, ou Evolução Criativa, ou Evolução Emergente, cuja exposição mais brilhante e arguta encontra-se nas obras de Bernard Shaw, ao pas­so que a mais profunda, nas de Bergson. Seus defenso­res dizem que as pequenas variações pelas quais a vida neste planeta "evoluiu" das formas mais simples à for­ma humana não ocorreram em virtude do acaso, mas sim pelo "esforço" e pela "intenção" de uma Força Vital. Quando fazem tais afirmações, devemos perguntar se, por Força Vital, essas pessoas entendem algo semelhan­te a uma mente ou não. Se for semelhante, "uma mente que traz a vida à existência e a conduz à perfeição" não é outra coisa senão Deus, e seu ponto de vista é idên­tico ao religioso. Se não for semelhante, qual o sentido, então, de dizer que algo sem mente faça um "esforço" e tenha uma "intenção"? Este argumento me parece fatal para esse ponto de vista. Uma das razões pelas quais as pessoas julgam a Evolução Criativa tão atraente é que ela dá o consolo emocional da crença em Deus sem im­por as consequências desagradáveis desta. Quando nos sentimos ótimos e o sol brilha lá fora, e não queremos acreditar que o universo inteiro se reduz a uma dança mecânica de átomos, é reconfortante pensar nessa gigan­tesca e misteriosa Força evoluindo pelos séculos e nos car­regando em sua crista. Se, por outro lado, queremos fa­zer algo escuso, a Força Vital, que não passa de uma for­ça cega, sem moral e sem discernimento, nunca vai nos atrapalhar como fazia o aborrecido Deus que nos foi en­sinado quando éramos crianças. A Força Vital é como um deus domesticado. Você pode tirá-lo de dentro da caixa sempre que quiser, mas ele não vai incomodá-lo em ocasião alguma — todas as coisas boas da religião sem custo nenhum. Não será a Força Vital a maior invenção da fantasia humana que o mundo jamais viu?"








terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

"CRIME E CASTIGO" DE DOSTOIEVSKI E A TRAGÉDIA DA DESMEDIDA AMBIÇÃO HUMANA.

O documentário do link abaixo leva o ouvinte a entender o objetivo de Dostoievski e sua obra, trazendo à tona os meandros filosóficos abordados pelo autor. Clique no link abaixo: 
http://www.youtube.com/watch?v=7KI5QkzOOn0



                        

DOSTOIEVSKI E SUA ESPOSA ANNA GRIGORIEVNA NO FILME "OS DEMÔNIOS DE SÃO PETERSBURGO" - ASSISTA O FILME AQUI:

Click aqui e assista o filme:
Veja também as fotos e o artigo.
 













O Poder da Graça na Vida e Obra de Dostoiévski.
      
     Se há uma palavra que pode ser usada para definir a força espiritual e moral que sustenta a vida e a obra de Fiódor Dostoiévski, é a palavra graça. E graça aqui não é um mero substantivo, é a plena manifestação de Jesus Cristo Senhor na vida pessoal do escritor em sua fé Ortodoxa.
     Dostoiévski é um guia que leva os miseráveis à salvação. Nele tudo pode ruir, declinar, tanto em sua vida pessoal quanto na de seus personagens. Permanecem, no entanto, nele, inabaláveis, as virtudes teologais. A Fé, a Esperança e a Caridade. Ele pode ter sido um viciado em jogos. Pode ter sido um falido e condenado em muitos momentos de sua vida. Os personagens de seus livros refletem as tragédias e multiplicam-na. Cometem erros a mais, assassínios, roubos, luxúrias. Mas a Luz destaca-se e brilha nas trevas. “Onde abundou o pecado, superabundou a graça.”
     No filme “Os Demônios de São Petersburgo” que retrata períodos da vida do escritor, vemos esta graça manifesta no exemplo de atitude cristã de Dostoiévski. Ali, como em seus livros, o romancista mostra as consequências das decisões filosóficas na ação resultante de quem as tomou. Isto é algo sutil, mas que perpassa obra e vida do escritor. Por exemplo, ele sempre mostra que o niilismo e o ateísmo levam a destruição moral e à tragédia existencial. E também, que só a vida cristã autêntica pode salvar, pelo exemplo e pela ação, a outrem e a si mesmo; o que é muito nítido em Crime e Castigo e Os Irmãos Karamazovi.
   Isto é demonstrado no filme, numa cena em que ele, já mais velho, tenta convencer estudantes revolucionários que não será através de sangue derramado que teremos uma sociedade renovada e justa. Ele conta a eles sua experiência de 10 anos na prisão da Sibéria e como foi rejeitado por ser intelectual, só vindo a convencer os seus camaradas de prisão (na maioria analfabetos) através do exemplo, quando salva da morte um dos seu maiores perseguidores e a partir daí passa a ser respeitado dentro da prisão. Uma cena belíssima que será melhor compreendida ao ser assistida.
     A Graça manifesta-se novamente em sua vida ao conhecer sua futura esposa Anna Grigorievna.
    Quando nos aprofundamos mais na obra e na vida de Fiódor Mikhailovich Dostoiévski, compreendemos melhor o que está escrito nas escrituras:

“Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido” São Mateus cap.18, vers. 11.



     Autor: Marcelo Luiz Pereira Neto